As imagens, que se tornaram virais, mostram um bombeiro de 35 anos a agredir violentamente a sua companheira. A gravidade dos ferimentos infligidos à vítima, que teve de ser submetida a intervenções cirúrgicas e corre o risco de perder a visão de um olho, juntamente com o facto de o crime ter sido presenciado pelo filho menor, criaram um forte alarme social. O agressor foi detido e, após interrogatório, o Tribunal da Comarca da Madeira aplicou-lhe a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, indiciando-o por dois crimes de violência doméstica e proibindo-o de contactar as vítimas. Este desfecho não é comum em casos de violência doméstica, onde medidas como a pulseira eletrónica ou ordens de afastamento são mais frequentes.
Especialistas jurídicos, como o advogado Rogério Alves, consideram que a existência das imagens de videovigilância será crucial como prova e que a sua divulgação, embora chocante, foi necessária para "despertar as pessoas para esta praga".
O caso suscitou uma onda de solidariedade e apoio, com a criação do movimento "Eu Já Fui Aquele Puto", e levou a uma reflexão sobre a resposta do sistema judicial, sendo que a presença da criança e o alarme social gerado são apontados como fatores decisivos para a aplicação da prisão preventiva.