A situação humanitária na Faixa de Gaza atinge um "ponto de rutura", com a ONU a alertar para a fome e a condenar o seu uso como arma de guerra, enquanto Israel intensifica a sua ofensiva militar. Novos ataques a hospitais e o "desaparecimento forçado" de palestinianos agravam a crise, gerando apelos urgentes por um cessar-fogo por parte de líderes como António Guterres. A chefe do Programa Alimentar Mundial, após uma visita ao território, descreveu um cenário de desespero extremo, com crianças a morrer de fome. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, exigiu o fim das "mentiras, desculpas e obstáculos" na entrega de ajuda humanitária, descrevendo a situação como um "catálogo interminável de horrores". Numa tomada de posição significativa, o Conselho de Segurança da ONU condenou o uso da fome como instrumento de guerra, embora os Estados Unidos não tenham subscrito a declaração.
A situação no terreno continua a deteriorar-se com a intensificação das operações militares israelitas, que se preparam para uma "ocupação final" da Cidade de Gaza.
Um ataque ao hospital Nasser resultou na morte de 22 pessoas, incluindo cinco jornalistas.
Uma análise da CNN revelou que o local foi atingido três vezes consecutivas. Israel alega que visava uma câmara do Hamas, mas a proporcionalidade da ação é questionada.
Adicionalmente, peritos da ONU denunciaram "desaparecimentos forçados" de palestinianos em pontos de distribuição de alimentos. Enquanto isso, as discussões sobre o futuro de Gaza decorrem em Washington entre Israel e os EUA, mas sem a presença de representantes palestinianos, alimentando a incerteza sobre uma solução política para o conflito.
Em resumoA crise em Gaza aprofunda-se com a fome a ser declarada pela ONU e Israel a preparar uma ofensiva final sobre a Cidade de Gaza. Apelos internacionais por um cessar-fogo e acesso humanitário intensificam-se, enquanto se reportam novos ataques a infraestruturas civis e violações dos direitos humanos.