O posicionamento dos partidos, nomeadamente do PS e do Chega, face ao executivo da AD, define o arranque do novo ano político.
O debate de urgência sobre os incêndios, requerido pelo Chega e pelo PCP, foi o palco principal para a confrontação política.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, recusou falhas do governo, afirmando que esteve sempre "ao leme", uma postura que gerou críticas. O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusou o debate de ter servido para "fazer uma chicana política" e afirmou que o seu partido está "sempre disponível para defender os interesses do país". Carneiro revelou ter "a palavra" de Montenegro para que os contributos socialistas nas áreas da Defesa e Saúde sejam considerados.
Por sua vez, André Ventura, líder do Chega, criticou duramente a liderança de Montenegro e anunciou a intenção de avançar com uma comissão parlamentar de inquérito "doa a quem doer". Já o PCP, pela voz de Paulo Raimundo, acusou o PS de estar "adormecido" perante uma "maioria de direita com muita pressa".
Fora do parlamento, o candidato presidencial Marques Mendes apelou a consensos, nomeadamente para a aprovação da lei da nacionalidade com uma "maioria ampla" que inclua o PS.
Em paralelo, o Governo já iniciou os preparativos para o Orçamento do Estado de 2026, convocando os partidos para uma ronda de reuniões a partir de 3 de setembro, onde serão também discutidos temas como a Lei dos Estrangeiros e a situação na Palestina.