A S&P justificou a subida da notação com a "sólida trajetória orçamental de Portugal", que coloca a dívida pública "num firme caminho descendente".
A agência destacou que esta trajetória se mantém mesmo perante "a crescente pressão sobre os gastos com defesa e a instabilidade política interna".
A decisão surpreendeu os analistas de mercado, uma vez que a S&P já tinha melhorado a nota de Portugal em fevereiro. O Ministério das Finanças reagiu prontamente, classificando a subida como "uma vitória para Portugal" e salientando que o país ultrapassa agora as notações de Espanha e Itália.
A agência projeta um crescimento da economia portuguesa de 1,7% este ano e de 2,2% em 2026, mostrando-se confiante no cumprimento da meta governamental de um excedente de 0,3% do PIB em 2025. A melhoria do 'rating' tem um impacto direto e positivo nos custos de financiamento do Estado e das empresas portuguesas, tornando o acesso ao crédito mais favorável e refletindo uma perceção de menor risco por parte dos mercados financeiros.