O caso, que resultou na prisão preventiva do agressor, coincidiu com a publicação de dados que revelam mais de mil detenções por este crime no primeiro semestre do ano, intensificando o debate sobre a eficácia da justiça e a proteção das vítimas. O caso da Madeira, descrito como chocante, expôs a crua realidade de um crime que muitas vezes ocorre longe do olhar público.

As imagens de videovigilância não deixaram dúvidas sobre a gravidade da agressão, gerando uma onda de indignação e apelos por penas mais severas.

Figuras públicas como Suzana Garcia e Tânia Laranjo defenderam que estes casos devem ser punidos com pena de prisão efetiva, lamentando o medo que impede muitas mulheres de apresentar queixa. Os dados estatísticos da PSP e da GNR para os primeiros seis meses de 2025 vieram reforçar a dimensão do problema: foram registadas mais de 18 mil queixas, que levaram a 1.073 detenções, uma média de quase seis por dia. Perante este cenário, a Ordem dos Advogados defendeu uma revisão da lei para reforçar a proteção das vítimas, apontando a dificuldade na produção de prova como um dos principais entraves à punição dos agressores. A análise de comentadores como Mafalda Anjos sublinha que cada caso representa uma falha coletiva da sociedade e da justiça.