O presidente Donald Trump anunciou que a operação visava "narcoterroristas" do cartel Tren de Aragua, enquanto o presidente Nicolás Maduro acusou Washington de procurar apropriar-se dos recursos naturais do seu país.

Segundo a administração norte-americana, o navio transportava narcóticos ilegais com destino aos Estados Unidos.

O Pentágono garantiu que os ataques contra o narcotráfico em águas venezuelanas irão continuar e deixou um aviso a Maduro, afirmando que o exército norte-americano está pronto para derrubar o regime, embora a decisão final caiba ao presidente.

Em resposta, o governo venezuelano, através do seu presidente, acusou os EUA de enviarem navios de guerra para a região com o objetivo de tomar o controlo do petróleo, gás e ouro da Venezuela, afirmando ainda que as imagens do ataque partilhadas por Trump foram criadas com inteligência artificial.

O Tren de Aragua, o gangue visado, é conhecido por recrutar migrantes e usar crianças em atividades criminosas.

Este incidente agrava as já débeis relações diplomáticas entre os dois países, com Trump a tentar reforçar a ideia de que a América Latina é o "quintal geopolítico" dos EUA, e Maduro a acusar o senador Marco Rubio de querer "manchar as mãos de Trump com sangue".