A gestão do presidente da Câmara, Carlos Moedas, e as suas declarações controversas estão no centro do debate. Após o acidente, Carlos Moedas assumiu a responsabilidade política, mas as suas declarações geraram forte controvérsia, nomeadamente ao comparar a sua situação com a demissão de Jorge Coelho após a queda da ponte de Entre-os-Rios, alegando que o antigo ministro tinha conhecimento prévio dos problemas da infraestrutura. Esta afirmação foi veementemente rebatida por figuras proeminentes do Partido Socialista, incluindo o ex-primeiro-ministro António Costa e outros antigos ministros, que acusaram Moedas de proferir “falsidades” e de atacar a memória de quem já não se pode defender. O presidente honorário do PS, Manuel Alegre, criticou a “falta de liderança e de educação” do autarca.
A crise política adensou-se com a apresentação de uma moção de censura pelo Chega, que, no entanto, foi chumbada na Assembleia Municipal com a abstenção da esquerda. O deputado socialista Duarte Cordeiro expressou a sua estranheza pela ausência de responsabilização uma semana após a tragédia, afirmando: “Faz-me bastante confusão que passado uma semana não exista nenhum grau de responsabilização”. Entretanto, a investigação ao acidente prossegue, tendo já sido revelado que os cabos de ligação do elevador tinham um prazo de validade de cinco anos, apesar de recomendações para substituições mais frequentes.









