Apesar da disponibilidade do executivo para negociar, a CGTP recusa totalmente a proposta nos termos atuais, enquanto a UGT admite juntar-se a protestos, arriscando um avanço da reforma sem acordo na concertação social.
O Governo voltou a debater as alterações às leis laborais com os parceiros sociais, num encontro que se revelou tenso.
A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, afirmou que o executivo "não tem pressa" na negociação, mas avisou que "não vai eternizar" a discussão.
O Governo comprometeu-se a rever as propostas mais polémicas, nomeadamente as relativas à amamentação e ao luto gestacional, e a apresentar uma nova versão. No entanto, as centrais sindicais mantêm-se céticas e preocupadas.
A CGTP, pela voz de Filipe Marques, criticou duramente a intenção de alargar a definição de serviços mínimos em caso de greve, ironizando que, com a nova lei, até a "produção de batatas fritas" poderia ser considerada uma necessidade social impreterível.
A central sindical exige a retirada total da proposta.
A UGT, embora aberta a negociar, partilha das preocupações e não descarta a possibilidade de se juntar à CGTP em protestos.
Do lado da oposição política, o PS, através de José Carlos Carneiro, apelou a um "sobressalto cívico" contra as mudanças.
As confederações patronais, por sua vez, mostraram-se mais disponíveis para as alterações, querendo até que algumas vão mais longe.









