O Nepal foi abalado por dois dias de protestos violentos, liderados pela Geração Z, contra a corrupção e a desigualdade, que resultaram na demissão do primeiro-ministro e na mobilização do exército para as ruas de Katmandu. A agitação social, que já causou dezenas de mortos e mais de mil feridos, deixou cidadãos estrangeiros, incluindo portugueses, em situações de perigo. A onda de protestos, que levou ao incêndio de edifícios governamentais, incluindo um hotel onde se encontravam dois turistas portugueses, foi desencadeada pelo descontentamento popular com a classe política e intensificada pelo bloqueio de 26 redes sociais pelo governo.
O correspondente da AP, Binaj Gurubacharya, explicou que a situação se deteriorou rapidamente, forçando as autoridades a impor um recolher obrigatório a nível nacional e a colocar o exército nas ruas para restaurar a ordem.
O balanço de vítimas aumentou para pelo menos 30 mortos e mais de mil feridos.
No meio do caos, dois cidadãos portugueses relataram ter fugido do Varnabas Museum Hotel depois de manifestantes o terem incendiado enquanto se encontravam no sexto andar.
Os turistas reclamam por apoio da diplomacia portuguesa.
A crise política aprofundou-se com a demissão do primeiro-ministro e a libertação do líder da oposição, Rabi Lamichhane, por uma multidão de manifestantes.
As autoridades pediram à população para permanecer em casa para evitar mais confrontos.
Em resumoViolentos protestos no Nepal, motivados pela corrupção e pelo bloqueio das redes sociais, levaram à demissão do governo, causaram dezenas de mortos e obrigaram à intervenção do exército. A crise apanhou de surpresa turistas estrangeiros, incluindo portugueses que tiveram de fugir de um hotel incendiado.