A contestação materializou-se também em manifestações em Lisboa e no Porto, onde centenas de pessoas protestaram contra o que consideram ser um retrocesso nos direitos dos trabalhadores.
Num debate que juntou os líderes das duas centrais sindicais, as críticas ao anteprojeto governamental foram veementes. As organizações denunciaram uma «contra-reforma liberal» que ameaça direitos conquistados, especialmente no que toca à licença de amamentação e ao luto por perda gestacional.
O especialista em Direito Laboral, António Garcia Pereira, classificou a proposta como «um ataque aos trabalhadores como há muito não se via», argumentando que esta «assenta em pressupostos nunca demonstrados e em objetivos nunca alcançados».
A união entre CGTP e UGT, historicamente com posições distintas, sinaliza a gravidade com que encaram as alterações propostas.
A possibilidade de uma greve geral conjunta, caso o Executivo não recue, coloca uma pressão significativa sobre o Governo.
Em Lisboa, cerca de 200 pessoas manifestaram-se junto à Assembleia da República, incluindo os candidatos presidenciais Catarina Martins e António Filipe.
Os manifestantes expressaram indignação, com uma participante a afirmar que as mudanças são como «voltar a um país de 3.º mundo».
Do lado patronal, Armindo Monteiro, presidente da CIP, defendeu que «nenhuma empresa ou a CIP estão a pedir uma diminuição de direitos quanto à maternidade ou paternidade», alegando existir «desinformação».














