O incidente ocorreu durante um ataque russo a infraestruturas portuárias na vizinha Ucrânia, e segue-se a um evento semelhante ocorrido dias antes na Polónia.

O Ministério da Defesa romeno informou que «foi detetado um drone no espaço aéreo», o que levou à mobilização de dois caças F-16 para monitorizar a situação.

Embora o aparelho tenha desaparecido do radar sem causar danos, a incursão em território de um país membro da NATO é vista como uma provocação perigosa.

Comentadores e analistas militares consideram que estas ações são deliberadas e servem múltiplos propósitos para Moscovo.

O tenente-general Marco Serronha afirmou que «é muito provável que vá acontecer mais vezes», sugerindo que a Rússia está a testar os limites e os tempos de reação da Aliança Atlântica.

Na mesma linha, o comentador Miguel Baumgartner analisou que «Putin investe muito na coesão europeia para verificar se há alguma clivagem».

A violação do espaço aéreo de países como a Roménia e a Polónia, ambos na linha da frente do apoio à Ucrânia, é interpretada não apenas como um teste militar, mas também como uma mensagem política. O chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, já tinha considerado a intrusão de drones na Polónia como «inaceitável», classificando o ato como «lamentável e perigoso».

Estes incidentes recorrentes aumentam o risco de uma escalada acidental e mantêm a NATO em estado de alerta máximo.