Nader, que partiu para a última volta numa posição interior e aparentemente bloqueado, encontrou espaço nos últimos 100 metros para uma aceleração impressionante, ultrapassando os seus adversários e superando o britânico Jake Wightman por apenas dois centésimos de segundo.

Visivelmente emocionado no final, o atleta descreveu a vitória como a concretização de um sonho e um momento de superação.

“A quem dizia que não podia ganhar, já calei muita gente”, afirmou, acrescentando que a medalha era sua e que tinha feito história. Esta é a primeira medalha de ouro para um atleta masculino português numa prova de pista em Campeonatos do Mundo, um feito que mereceu o elogio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que expressou o seu “enorme orgulho”.

A vitória foi celebrada com grande emoção pela sua família, com a sua mãe, Ana Zambujeira, a declarar que “acreditávamos que este dia iria chegar”.

O seu tio, o antigo futebolista Hassan Nader, destacou a inteligência tática do sobrinho.

O treinador, Pascual Oliva, sublinhou que a medalha era mais do que merecida e que já poderia ter acontecido antes. Este triunfo representa o ponto mais alto da carreira de Nader, que já tinha conquistado o bronze nos Europeus de pista coberta, consolidando-o como uma figura de proa do atletismo nacional e uma esperança para os Jogos Olímpicos de 2028.