O secretário-geral José Luís Carneiro sinalizou a disponibilidade do partido para garantir a estabilidade política, mas demarcou "linhas vermelhas" que o Governo de Luís Montenegro terá de respeitar. Após uma reunião com o primeiro-ministro, José Luís Carneiro declarou que o PS tem como objetivo "contribuir para a estabilidade política", mas sublinhou que compete ao Governo decidir se aceita as condições impostas.
As "linhas vermelhas" traçadas pelos socialistas são claras: a viabilização do orçamento depende de este não incluir alterações à legislação laboral, à Lei de Bases da Saúde, a matérias da Segurança Social e à política fiscal.
Segundo Carneiro, estas áreas devem ser tratadas fora do "perímetro do Orçamento". Esta posição estratégica coloca a responsabilidade do lado do executivo, que terá de escolher entre negociar com o PS, aceitando as suas condições, ou procurar apoio nos partidos à sua direita, nomeadamente o Chega.
O antigo ministro das Finanças, Fernando Medina, já antevê uma aproximação entre o Governo e o partido de André Ventura para a aprovação do documento.
A abordagem do PS visa, assim, posicionar-se como um pilar de estabilidade, mas sem abdicar dos seus princípios fundamentais, forçando o Governo a clarificar as suas alianças parlamentares para o próximo ciclo orçamental.














