O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, afirmou que o objetivo da manifestação é enviar “uma mensagem clara ao Governo” para que este recue na sua posição, sublinhando que a legislação laboral atual “já penaliza a vida de quem trabalha”. A oposição ao pacote laboral não se limita à CGTP, tendo sido também um dos pontos de crítica por parte de vários partidos da oposição durante o debate quinzenal no Parlamento. O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, classificou as alterações como uma “declaração de guerra a quem trabalha”, acusando o Governo de ter elaborado um pacote que vem “diretamente dos gabinetes dos grupos económicos”. A contestação crescente em torno das leis laborais sinaliza um outono de potencial agitação social e de confronto entre os sindicatos e o Executivo, num momento em que o custo de vida continua a ser uma das principais preocupações dos portugueses.