As suas declarações assertivas geraram um debate significativo sobre a sua visão para o país e o mundo.

O antigo chefe do Estado-Maior da Armada não hesitou em usar uma linguagem forte para descrever o conflito em Gaza, afirmando que “o genocídio de um povo, o esmagamento de um povo, uma punição de proporções bíblicas sobre cidadãos civis inocentes não deve ser permitido no direito internacional”. Relativamente à Rússia, defendeu uma postura de firmeza aliada à diplomacia, sustentando que as provocações “devem ser lidadas com todo o cuidado e diplomacia, sem mostrar fraqueza”. No plano interno, Gouveia e Melo apresentou uma visão pragmática sobre a imigração, argumentando que Portugal não pode resolver os problemas do mundo com uma “política de portas abertas” e que o país deve acolher “populações que sejam facilmente integráveis na sociedade portuguesa”. Questionado sobre a sua popularidade, desvalorizou as sondagens que indicam uma queda, classificando-as como um “mito” propagado por um inquérito com uma amostra reduzida. Aproveitou ainda para clarificar a sua posição sobre o serviço militar, negando ter defendido o seu caráter obrigatório e explicando que o considerou apenas como uma solução de último recurso face à contínua perda de efetivos nas Forças Armadas.