O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) admitiu uma "falha de procedimento" e prometeu apurar responsabilidades.

Inicialmente, o MNE tinha negado que qualquer avião com destino a Israel tivesse feito escala em território nacional.

No entanto, após uma "segunda averiguação exaustiva", o ministério liderado por Paulo Rangel corrigiu a informação, esclarecendo que as aeronaves que passaram pelas Lajes em 22 de abril "eram americanas para entrega a Israel". O comunicado do MNE refere uma "óbvia falha de procedimento, contrária às instruções internas dadas pelo ministro Paulo Rangel" e anuncia a abertura de um processo para "apurar responsabilidades" e alterar os procedimentos para evitar repetições.

O caso gerou fortes críticas da oposição.

O PCP, pela voz do seu secretário-geral Paulo Raimundo, afirmou que Portugal "não pode aceitar" este tipo de aterragens não autorizadas, considerando-as uma violação da soberania nacional. Mais incisivo, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, sugeriu a demissão do ministro da Defesa, Nuno Melo, afirmando não perceber "como é que Nuno Melo se pode manter como ministro da Defesa" perante o que considerou ser "a bandalheira no Governo".