Os cantores alegaram que a publicação lhes causou danos morais e materiais significativos, levando à perda de contratos e a uma onda de ódio online, justificando um pedido de indemnização de 1.118.500 euros. No entanto, a juíza Francisca Preto determinou que a conduta da humorista se enquadra na liberdade de expressão e de criação artística. Na sentença de 37 páginas, a magistrada argumentou que "uma condenação de Joana Marques seria fatal para a liberdade de expressão" e que a publicação não continha qualquer incentivo ao "apedrejamento verbal dos Anjos", mas sim um "olhar crítico e de escárnio". O tribunal considerou ainda não ter ficado provado que os prejuízos alegados pela dupla resultaram diretamente do vídeo de Marques, e não da própria atuação original. Após a decisão, os Anjos, que foram condenados ao pagamento das custas judiciais estimadas em mais de 35 mil euros, afirmaram em comunicado que, apesar de não concordarem, aceitam a decisão e pretendem "seguir em frente", defendendo que lutaram pela "honra e dignidade humana". Em entrevistas, declararam estar "do lado certo da história" e admitem a possibilidade de recorrer.

Joana Marques reagiu com alívio, considerando a absolvição "uma vitória de toda a gente" e anunciou um novo espetáculo de comédia, intitulado "Em Sede Própria", inspirado nas notas que tirou durante o julgamento.