A denúncia gerou críticas da oposição, que acusa o presidente da autarquia, Carlos Moedas, de inação e de faltar à verdade.
Testemunhos exclusivos revelados pela RTP indicam que, apesar das promessas de apoio, muitas vítimas e os seus familiares sentem-se abandonados. A Câmara de Lisboa tinha aprovado propostas para a criação de um fundo municipal e a disponibilização de apoio psicológico, mas, segundo os relatos, estas medidas não foram concretizadas. A candidata socialista à Câmara de Lisboa, Alexandra Leitão, acusou frontalmente Carlos Moedas de "não estar à altura do cargo que ocupa".
Leitão frisou que "nada foi feito" e que "há ainda feridos internados, pessoas por identificar e uma seguradora sem conseguir chegar a todos". Em resposta, a Câmara Municipal de Lisboa garantiu ao Expresso que todos os que solicitaram apoio foram atendidos.
A Carris, por sua vez, informou ter pago as despesas dos funerais das vítimas e assegurado apoio psicológico e material à família do guarda-freio, incluindo uma bolsa escolar para os filhos.
No entanto, a comissão de indemnizações criada pela seguradora Fidelidade ainda não se reuniu.
A situação tornou-se um tema central na campanha autárquica, com os vereadores do PCP a exigirem explicações a Moedas e comentadores a analisarem o impacto do caso na sua imagem política, considerando que o que foi "um problema" podia ter sido gerido como "uma oportunidade" para demonstrar liderança.