Os dados, divulgados pelo Eurostat, revelam uma subida de 17,2%, um valor que mais do que triplica a média europeia e evidencia a grave crise habitacional que o país atravessa.
De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, enquanto os preços na Zona Euro e na UE aumentaram em média 5,1% e 5,4%, respetivamente, Portugal destacou-se com um crescimento acentuado, seguido pela Bulgária (15,5%) e pela Hungria (15,1%).
Em contraste, a Finlândia foi o único país a registar uma descida (-1,3%).
A análise a um período mais longo é ainda mais expressiva: entre 2010 e o segundo trimestre de 2025, os preços das casas em Portugal mais do que duplicaram, com um aumento de 141%.
Neste mesmo período, as rendas cresceram 70%.
Esta escalada de preços tornou a compra ou o arrendamento de uma casa uma tarefa cada vez mais difícil para a maioria dos portugueses, colocando a habitação no centro do debate político e social.
A crise habitacional tem sido um tema central na campanha para as eleições autárquicas, com os candidatos a apresentarem diversas propostas para mitigar o problema. A pressão sobre as famílias e os desafios colocados às autarquias fazem da habitação um dos maiores testes para o poder local no próximo mandato.