O protesto, inicialmente pacífico, escalou quando um grupo de manifestantes invadiu a estação do Rossio. Foi nesse contexto que um jovem sofreu um choque elétrico e queimaduras extensas ao tentar subir para o topo de um comboio, encontrando-se em estado grave e em coma induzido.
Este incidente desencadeou uma forte polémica política.
A Iniciativa Liberal (IL), pela voz da sua líder Mariana Leitão, acusou o Bloco de Esquerda (BE) e o Livre de se "alimentarem de ódio" e de incentivarem "atos de vandalismo". Mariana Leitão afirmou que o "discurso sonso de Rui Tavares já não engana mais os portugueses". Em resposta, Rui Tavares, porta-voz do Livre, exigiu um pedido de desculpas, acusando a líder da IL de "desespero" e de tentar desviar as atenções da campanha autárquica. Marisa Matias, do BE, lamentou os "atos imprudentes" ocorridos no final da manifestação, mas acusou a IL de "arranjar desculpas" para não condenar a situação em Gaza. Paulo Raimundo, do PCP, desvalorizou os incidentes como "casos isolados" que não representam o "movimento muito amplo de solidariedade" do povo português. Nuno Melo, do CDS-PP, e André Ventura, do Chega, também criticaram os manifestantes, com Ventura a classificá-los como "um conjunto de bandidagem e de mentecaptos".