O caso, que foi arquivado em março de 2024, motivou uma reação do Presidente da República, que sugeriu uma "reflexão interna" por parte do setor da Justiça.

A investigação teve origem numa denúncia anónima recebida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) quando Ivo Rosa exercia funções no Tribunal Central de Instrução Criminal.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral Regional de Lisboa esclareceu que o inquérito decorreu entre 2021 e 2024 e que as diligências realizadas "respeitaram todos os direitos, liberdades e garantias", tendo sido submetidas a autorização judicial quando necessário.

A PGR frisou que, ao contrário do noticiado, "não incluíram interceções telefónicas".

O juiz foi seguido e teve as suas contas bancárias devassadas antes do arquivamento do caso.

Questionado sobre o assunto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que a justiça "tem de ter um espaço de reflexão ela própria sobre aquilo que sucede bem ou mal com a prática da justiça", em vez de "estar a apelar aos políticos para os políticos intervirem". O Chefe de Estado sugeriu que essa reflexão ocorra em órgãos como o Conselho Superior da Magistratura e o Conselho Superior do Ministério Público.