No entanto, a satisfação profissional coexiste com desafios significativos.
Um em cada três docentes queixa-se de ruído e desordem nas aulas, indicando que perdem mais tempo a manter a disciplina do que em 2018.
O excesso de trabalho é outra grande fonte de descontentamento. Mais de metade dos professores portugueses (uma das taxas mais altas) refere sofrer de stress devido ao excesso de aulas e trabalho administrativo, um valor muito superior à média de 31% da OCDE. A avaliação de alunos também consome mais tempo aos docentes nacionais.
O estudo revela ainda que os professores portugueses estão entre os mais velhos da OCDE e que apenas 9% sentem que a sua profissão é valorizada pela sociedade.
Apesar da satisfação geral, a carreira docente enfrenta desafios de retenção, com 27% dos professores mais jovens a ponderarem abandonar a profissão nos próximos cinco anos. O inquérito aponta também para a falta de programas estruturados de integração para novos professores, cujo apoio depende largamente da boa vontade dos colegas.