As suas declarações, defendendo o fim de "linhas vermelhas" em acordos pós-eleitorais, foram amplamente interpretadas como uma abertura a entendimentos com o Chega, gerando reações imediatas. Numa ação de campanha em Sintra, ao lado do candidato Marco Almeida, Pedro Passos Coelho defendeu que, em democracia, os representantes dos partidos devem dialogar e trabalhar com quem foi eleito, afirmando que "as linhas vermelhas são ditadas pela consciência e devem estar relacionadas com coisas muito particulares, especiais e graves". Esta posição foi imediatamente celebrada pelo líder do Chega, André Ventura, que elogiou a "evolução" de Passos Coelho e considerou que esta demonstra um "renascimento da direita", lamentando que o PSD de Luís Montenegro "continue adormecido". A intervenção colocou o atual líder do PSD numa posição delicada.
Confrontado pelos jornalistas, Luís Montenegro desvalorizou o tema, classificando-o como "ruído" e "politiquês" que não interessa na reta final da campanha e recusando-se a traçar uma linha vermelha explícita para os seus candidatos. A esquerda aproveitou para questionar a posição do PSD, com Rui Tavares, do Livre, a desafiar Montenegro a esclarecer se o seu "não é não" ao Chega se tinha transformado num "sim é sim".