O incidente ocorreu no passado sábado, quando uma mulher deu à luz no chão da sala de espera da urgência. O pai da criança, Frederico Fernandes, denunciou uma "total negligência" por parte da unidade hospitalar, alegando que a sua esposa foi "tratada como um pedaço de carne" e que o recém-nascido caiu e bateu com a cabeça no chão.
"Estou indignado, o meu filho caiu ao chão.
Toda a gente gritou, a minha esposa implorou", relatou, acrescentando que a criança teve de realizar exames como ecografias e uma TAC para despistar lesões.
Em resposta, a diretora clínica da Unidade Local de Saúde de Gaia/Espinho, Ana Margarida Fernandes, rejeitou as acusações de negligência, garantindo que todos os procedimentos previstos foram cumpridos e que não pode ter médicos permanentemente à porta da urgência.
A administração hospitalar afirmou que as circunstâncias estão a ser investigadas internamente, mas não confirmou a queda do bebé.
Perante a gravidade das acusações e a mediatização do caso, a IGAS anunciou a abertura de um processo de inquérito para apurar os factos e eventuais responsabilidades.