O anúncio, feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi amplamente celebrado tanto por israelitas como por palestinianos, bem como pela comunidade internacional.
O entendimento, mediado pelo Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia, prevê um cessar-fogo, a libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas e a retirada das tropas israelitas para uma linha acordada.
Segundo Trump, os 48 reféns em Gaza, dos quais se estima que cerca de 20 ainda estejam vivos, deverão ser libertados na próxima segunda-feira.
Em troca, Israel deverá libertar prisioneiros palestinianos, embora a lista de 1.950 nomes ainda não esteja finalizada.
O Exército israelita já iniciou os preparativos para a retirada parcial, que deverá ocorrer antes da libertação dos reféns.
A notícia foi recebida com celebrações nas ruas de Telavive e de Gaza. Familiares de reféns e ex-reféns reuniram-se em Telavive para comemorar, enquanto em Gaza se vive um clima de alívio após “dois anos de matança e genocídio”.
A reação internacional foi esmagadoramente positiva.
Líderes mundiais, incluindo o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e líderes da União Europeia, aplaudiram o acordo.
Em Portugal, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, o Primeiro-Ministro Luís Montenegro e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, saudaram o cessar-fogo.
Montenegro felicitou Donald Trump “por este sucesso e por todo o empenho na obtenção da paz no Médio Oriente”.
Rangel manifestou “alegria” e “alívio”, destacando a libertação de cidadãos com ligações a Portugal.
No entanto, o acordo enfrenta oposição interna em Israel, com o ministro da extrema-direita, Bezalel Smotrich, a anunciar que votará contra por receio das consequências de “esvaziar as prisões e libertar a próxima geração de líderes terroristas”.