No centro das novas suspeitas estão as férias de Luís Montenegro no Brasil em 2024, havendo dúvidas sobre se as despesas foram imputadas à Spinumviva.
O MP solicitou documentação adicional ao Primeiro-Ministro em meados de setembro, que, segundo as notícias, ainda não foi entregue na totalidade.
A divulgação destas informações em plena campanha para as eleições autárquicas gerou uma forte reação política.
Luís Montenegro declarou-se “estupefacto” e “revoltado”, classificando a situação como uma “pouca-vergonha” e uma “deslealdade processual intolerável”.
O Primeiro-Ministro afirmou que só falará sobre o caso diretamente com o MP e não “através da imprensa”.
A oposição reagiu prontamente.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, considerou “incompreensível” que ainda não tenha sido aberto um inquérito, sublinhando que “um primeiro-ministro não pode estar sob suspeita”.
André Ventura, do Chega, acusou Montenegro de “arrastar a situação” por não prestar todos os esclarecimentos.
Até figuras do PSD, como o antigo primeiro-ministro Passos Coelho, comentaram, esperando que o assunto “não se sobreponha na escolha dos eleitores”.
Entretanto, a Procuradoria-Geral da República esclareceu que a averiguação preventiva continua “em curso” e que ainda não foi tomada uma decisão sobre a abertura de um processo-crime.