A disputa eleitoral tem sido marcada tanto por temas locais como pela forte influência de questões da política nacional.

O Primeiro-Ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, tem centrado a sua campanha na ideia de “parcerias próximas” entre o Governo e os municípios, aproveitando as suas intervenções para anunciar medidas do Orçamento do Estado, como o aumento do Complemento Solidário para Idosos. Do lado do PS, o secretário-geral José Luís Carneiro tem percorrido o país com uma campanha focada nos temas locais e nos “falhanços do Governo”, procurando reconciliar o eleitorado com o partido e manter o poder autárquico socialista. André Ventura, líder do Chega, tem concentrado os seus esforços no norte do país, estabelecendo como meta a conquista de câmaras municipais e admitindo uma derrota caso não o consiga, embora sem se comprometer com números específicos.

A campanha do Bloco de Esquerda foi marcada pela ausência e posterior regresso da sua líder, Mariana Mortágua, detida em Israel, um tema que extravasou a própria campanha bloquista.

Já Paulo Raimundo, do PCP, tem acentuado as diferenças face ao PS, acusando socialistas e sociais-democratas de se unirem para “abocanhar” o litoral alentejano, enquanto procura reconquistar bastiões históricos como Beja.