A França enfrenta uma profunda crise política após a demissão do Primeiro-Ministro, Sébastien Lecornu, que mergulhou o governo do Presidente Emmanuel Macron na incerteza. No entanto, Lecornu anunciou que um novo chefe de governo poderá ser nomeado nas próximas 48 horas, afastando, para já, o cenário de dissolução do Parlamento. Após a sua demissão, Lecornu foi encarregado por Macron de negociar com as forças políticas uma solução que permitisse a formação de um novo governo e a aprovação do orçamento. Segundo o primeiro-ministro demissionário, existe uma “vontade partilhada” entre os partidos para que o país tenha um orçamento aprovado até ao final do ano, o que cria uma “convergência” que pode evitar eleições antecipadas.
A instabilidade política em França tem sido uma constante, sendo Lecornu o quinto primeiro-ministro a cair em três anos.
Analistas políticos alertam que esta “crise constitucional” pode evoluir para uma “crise de regime” e provocar a “paralisia da UE”, dada a importância da França no bloco europeu.
A nomeação de um novo primeiro-ministro, baseada nas negociações em curso, será um passo crucial para determinar se o país consegue encontrar estabilidade ou se a crise se aprofundará.
Em resumoA França atravessa uma grave crise política com a demissão do seu primeiro-ministro. Contudo, as negociações em curso indicam a possibilidade de nomeação de um novo governo em breve, com o objetivo de aprovar o orçamento e evitar a dissolução do parlamento, num esforço para restaurar a estabilidade institucional.