A primeira fase do plano prevê a libertação de todos os reféns e uma retirada parcial das tropas israelitas, gerando celebrações e esperança a nível global. Após intensas negociações com a participação de mediadores do Egito, Qatar e Turquia, o governo israelita, liderado por Benjamin Netanyahu, aprovou a primeira fase do plano de paz proposto pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.

O Hamas também confirmou a sua aceitação, anunciando um "acordo que prevê o fim da guerra em Gaza".

A primeira etapa, de um total de 20 pontos, estipula que os combates devem cessar nas 24 horas seguintes à aprovação, com as forças israelitas a retirarem-se para uma linha demarcada. Subsequentemente, num prazo de 72 horas, deverá ocorrer a libertação de todos os reféns israelitas ainda vivos, estimados em cerca de 20, em troca de prisioneiros palestinianos. O plano inclui ainda a entrada de ajuda humanitária no território, onde mais de 150 camiões aguardam para entregar bens essenciais.

O Presidente Trump, figura central no acordo, anunciou que viajará "em breve" para o Egito para a assinatura oficial e que os reféns deverão ser libertados entre segunda e terça-feira.

Para supervisionar o processo, os EUA instalarão um "centro de coordenação civil-militar" em Israel com cerca de 200 soldados. A notícia foi recebida com celebrações em Telavive, na "praça dos reféns", e na Faixa de Gaza.

Líderes mundiais, como Emmanuel Macron, que classificou o acordo como "histórico", e o Presidente da República e o Primeiro-Ministro de Portugal, saudaram o entendimento. Mahmoud Abbas, presidente palestiniano, expressou esperança de que o acordo ponha fim definitivo ao "banho de sangue".

No entanto, a euforia é moderada pela apreensão, com registo de bombardeamentos israelitas mesmo após o anúncio e com ministros da extrema-direita israelita, como Ben-Gvir, a ameaçarem "desmantelar o Governo" se o Hamas continuar a existir.