Embora o Presidente norte-americano anseie pela distinção, especialistas apontam que uma vitória este ano é tecnicamente impossível, uma vez que o processo de nomeação já encerrou.

O anúncio do acordo surge na véspera da revelação do laureado com o Nobel da Paz, um momento que intensificou as especulações sobre as hipóteses de Trump.

O próprio Presidente norte-americano tem manifestado o seu desejo pelo prémio desde 2018, e o sucesso diplomático no Médio Oriente é visto como o seu principal trunfo.

Em Israel, o sentimento de gratidão é palpável, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a insistir que Trump merece o galardão e cidadãos a exibirem mensagens como "Nobel 4 Trump". O acordo é amplamente visto como uma "grande vitória para Trump", que conseguiu o que o seu antecessor, Joe Biden, não alcançou.

Contudo, vários analistas consideram a atribuição do prémio "absolutamente fora de questão" para este ano, dado que as candidaturas encerraram em janeiro e o comité norueguês já tomou a sua decisão na segunda-feira, antes mesmo do anúncio do plano para Gaza.

Além disso, são apontados obstáculos ao seu reconhecimento, como a sua política de cortes na ajuda externa, que terá causado um elevado número de vítimas, e a repressão interna. A questão que permanece é se, caso não seja galardoado, Trump manterá o seu empenho no processo de paz. Como questiona um analista, "Se Trump não for Nobel, será que prossegue o processo de paz em Gaza?"