Os discursos nacionalizaram-se, com apelos diretos ao voto e trocas de acusações entre os candidatos.

Em Lisboa, o Primeiro-Ministro Luís Montenegro subiu a fasquia ao apelar a uma "maioria absoluta" para Carlos Moedas, descrevendo a capital como um "farol de inspiração para o país". Moedas, por sua vez, dramatizou a eleição como "a escolha de uma geração", defendendo um projeto de moderação contra o que chamou de "caos da esquerda radical".

Do lado do PS, o secretário-geral José Luís Carneiro esteve no Porto ao lado de Manuel Pizarro, estabelecendo a vitória em ambas as cidades como um "objetivo fundamental" para o partido.

Em Lisboa, a candidata socialista Alexandra Leitão recebeu o apoio do antigo autarca Fernando Medina, que criticou Moedas por fazer "tiktoks a mais e escolas a menos".

A campanha ficou ainda marcada pela discussão sobre a não inclusão da CDU na coligação de esquerda.

Noutros pontos do país, André Ventura, líder do Chega, prometeu uma nova "quebra do bipartidarismo" e afirmou que os seus autarcas serão "modelo de governação".

Paulo Raimundo, do PCP, criticou em Setúbal a ex-autarca Maria das Dores Meira, agora candidata por outra força, chamando-lhe "troca-tintas".

Francisco Assis, do PS, antecipou o "primeiro grande apagão eleitoral do Chega", enquanto Rui Rocha, da IL, acusou o PSD de querer "controlar Braga".

A campanha reflete uma intensa mobilização final, com os líderes a tentarem influenciar os resultados nas principais autarquias do país.