A fuga, que se junta a outra ocorrida em Portimão, levanta suspeitas de ter sido orquestrada por uma rede de tráfico humano. O grupo de cidadãos marroquinos tinha desembarcado no Algarve em agosto e fora recentemente libertado de Centros de Instalação Temporária por ter sido ultrapassado o prazo máximo de detenção, enquanto aguardavam resposta a um pedido de asilo. Não estando sob vigilância, as primeiras fugas em São Pedro do Sul foram registadas na noite de terça-feira e, na madrugada de quinta-feira, carros com matrícula espanhola terão levado os restantes.

Suspeita-se que os migrantes tenham saído do país em direção a Espanha. A situação repetiu-se com 12 migrantes que estavam numa pensão em Portimão, que também fugiram. A TVI divulgou imagens que mostram o momento em que um grupo foi contactado, reforçando a tese de uma operação organizada. O líder do Chega, André Ventura, já anunciou que vai questionar o Governo sobre o que considera ser uma falha de controlo que prejudica a imagem de Portugal.

O caso evidencia a vulnerabilidade dos migrantes em situação irregular e a possível atuação de redes criminosas que se aproveitam da sua condição, colocando um desafio adicional às autoridades portuguesas na gestão dos fluxos migratórios.