Durante a sua participação no Portugal Football Summit, o dirigente abordou vários temas fraturantes do futebol português, desde a relação entre os clubes até à necessidade de inovação nos formatos competitivos. Villas-Boas lamentou o clima de crispação entre os três grandes clubes, afirmando que "os presidentes não se podem ver uns aos outros" e que "andamos todos às cabeçadas", mas apelou a um entendimento e à necessidade de líderes fortes na Liga e na Federação para melhorar o futebol nacional. Numa nota mais construtiva, revelou ter lançado o desafio da criação de uma Supertaça Ibérica a Pedro Proença e aos presidentes de Benfica e Sporting, bem como a clubes espanhóis, uma ideia que, segundo ele, "foi aceite por todos".

O presidente portista defendeu ainda a internacionalização da Liga, sugerindo a realização de jogos no estrangeiro para aproximar os clubes das comunidades emigrantes.

No que toca a questões internas do FC Porto, Villas-Boas fez um balanço do seu primeiro ano de mandato, que considerou "violento", e abordou o mercado de transferências, criticando a postura do Al-Ittihad nas negociações por Rodrigo Mora, acusando o clube saudita de "tentar brincar com o FC Porto" e de "mexer com a cabeça do miúdo" com uma proposta que nunca se materializou. A sua intervenção reflete um misto de frustração com o estado atual do futebol português e uma vontade de impulsionar reformas estruturais.