O secretário-geral, José Luís Carneiro, considerou que o resultado deu um "balão de oxigénio" ao partido, afirmando que "o PS voltou". O PS terminou a noite eleitoral com 128 câmaras, menos 21 do que em 2021, e falhou os objetivos de vencer em Lisboa e no Porto.

A perda de municípios populosos como Sintra e Vila Nova de Gaia representou um revés significativo. No entanto, o partido conseguiu vitórias simbólicas e inesperadas em capitais de distrito que eram consideradas “bastiões” do PSD, como Viseu — pondo fim ao chamado “Cavaquistão” — e Bragança, além de reconquistar Coimbra e Évora. Este desempenho agridoce permitiu a José Luís Carneiro declarar que, apesar de não ter alcançado todos os objetivos, o PS demonstrou ser “o grande partido da alternativa democrática”, contrariando as previsões de um “cataclismo”.

Comentadores como Pedro Adão e Silva alertaram para “sinais preocupantes para o futuro”, nomeadamente a dificuldade em captar o eleitorado jovem e urbano.

Ainda assim, o sentimento geral no partido foi de alívio, com a liderança de Carneiro a sair reforçada internamente ao limitar os danos de uma derrota que se antecipava mais pesada.