A atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2025 à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, gerou uma forte reação diplomática do regime de Nicolás Maduro, que encerrou a embaixada da Venezuela em Oslo. Machado, por sua vez, condicionou a sua ida à Noruega para receber o prémio à saída de Maduro do poder, citando ameaças à sua vida. O Comité Norueguês do Nobel distinguiu Machado “pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
A resposta de Caracas foi imediata e hostil.
O Presidente Nicolás Maduro classificou a laureada como uma “bruxa demoníaca” e ordenou o fecho da representação diplomática na Noruega, país que acolhe o comité do prémio.
O governo norueguês considerou a atitude “lamentável”.
Em declarações à imprensa, María Corina Machado afirmou que só poderá viajar para receber a distinção em dezembro caso Maduro abandone o poder, sublinhando que existem “ameaças diretas” contra a sua vida.
A tensão aumentou ainda mais com a notícia de que a Venezuela fechou as suas fronteiras à Noruega, isolando-se diplomaticamente do país escandinavo.
Em resumoA atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2025 à opositora venezuelana María Corina Machado desencadeou uma crise diplomática, com o Presidente Nicolás Maduro a encerrar a embaixada em Oslo. Machado condicionou a aceitação presencial do prémio à deposição de Maduro, evidenciando as profundas tensões políticas e os riscos pessoais que enfrenta.