O recém-nomeado governo francês, liderado por Sébastien Lecornu, enfrenta uma crise política imediata, com os partidos de extrema-direita União Nacional e de esquerda França Insubmissa a anunciarem moções de censura. A instabilidade surge na véspera da apresentação do projeto de Orçamento de Estado para 2026, colocando em risco a principal missão do novo executivo. O governo, composto por 34 ministros, foi revelado no domingo com a tarefa de “fornecer à França um orçamento antes do final do ano”. No entanto, antes mesmo de poder debater a proposta orçamental, terá de sobreviver a duas moções de censura.
Marine Le Pen, da União Nacional, e Mathilde Panot, da França Insubmissa, confirmaram a intenção de derrubar o governo, refletindo a frágil posição do executivo num parlamento sem maioria absoluta. O Presidente Emmanuel Macron apelou à união entre os partidos em prol da “estabilidade” do país.
A sobrevivência do governo de Lecornu dependerá agora da posição dos restantes partidos, nomeadamente dos socialistas, numa conjuntura política que se antevê de grande tensão e incerteza.
Em resumoO novo governo francês de Sébastien Lecornu enfrenta um início conturbado, com moções de censura anunciadas pela extrema-direita e pela esquerda radical. Esta instabilidade política ameaça a aprovação do Orçamento de Estado para 2026 e testa a capacidade do executivo de governar sem uma maioria parlamentar clara.