O PSD, liderado por Luís Montenegro, obteve uma vitória significativa, conquistando 136 câmaras e recuperando bastiões importantes como Lisboa, Porto e Coimbra.

O líder social-democrata considerou o resultado uma prova de "confiança" no Governo. Apesar de ter perdido a hegemonia que detinha desde 2013, o PS, com 128 câmaras, conseguiu um resultado que o seu líder, José Luís Carneiro, classificou como um "cenário de recuperação", destacando a conquista de cinco novas capitais de distrito. Um dos resultados mais notáveis destas eleições foi o aumento de 50% no número de câmaras sem maioria absoluta, que subiu de 50 para 75, incluindo oito dos dez maiores municípios do país. Esta fragmentação exigirá uma maior capacidade de negociação e compromisso por parte dos executivos eleitos.

O Chega, embora tenha ficado aquém das suas próprias expectativas, elegeu vereadores em 39 municípios, onde poderá ter um papel decisivo na formação de maiorias. A noite eleitoral foi também marcada por disputas renhidas, com o PS a ponderar a recontagem de votos em Braga, onde perdeu por apenas 276 votos, e a CDU a assinalar irregularidades em Lisboa, onde 60 votos por contar podem alterar a atribuição de um vereador entre a coligação e o Chega.