Madagáscar enfrenta uma grave crise institucional depois de as forças militares terem anunciado a tomada do poder, na sequência da destituição e fuga do Presidente Andry Rajoelina, que denunciou uma tentativa de golpe de Estado. A instabilidade política intensificou-se após semanas de protestos populares, liderados maioritariamente por jovens da "Geração Z", contra a corrupção, a má gestão governativa, e a persistente falta de oportunidades, água e eletricidade. A crescente contestação culminou numa revolta militar e na decisão da Assembleia Nacional de destituir o chefe de Estado.
Perante a escalada da crise, Andry Rajoelina fugiu do país por razões de segurança, classificando a sua destituição como um ato sem "qualquer base legal".
Imediatamente após a sua saída, um comité liderado por militares anunciou a suspensão das principais instituições democráticas, incluindo o Tribunal Constitucional e a comissão eleitoral.
As forças armadas comprometeram-se a liderar o país durante um período de transição de dois anos, após o qual prometem realizar novas eleições. Este desenvolvimento marca mais um período de incerteza para a nação insular, que tem um longo historial de instabilidade política e golpes de Estado desde a sua independência.
Em resumoProtestos populares em Madagáscar, impulsionados pela juventude, levaram à destituição e fuga do Presidente Andry Rajoelina. As forças militares assumiram o controlo do país, suspenderam as instituições democráticas e prometeram um período de transição de dois anos antes da realização de novas eleições.