O protesto, convocado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), teve como principal alvo a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentada pelo Governo. Os profissionais de saúde acusam o executivo de querer "poupar dinheiro à custa do trabalho dos profissionais" e consideram a proposta um "atentado à dignidade dos enfermeiros".
Uma das medidas mais contestadas é a que, segundo os sindicatos, obriga os enfermeiros a trabalhar mais cinco horas por semana, considerando as horas extraordinárias como trabalho normal.
Para além da paralisação, centenas de profissionais manifestaram-se em Lisboa, junto ao Ministério da Saúde, onde entregaram um documento com milhares de assinaturas contra o ACT. A greve expôs também outros problemas crónicos do Serviço Nacional de Saúde, com a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) a divulgar um estudo que revela que 90% dos centros de saúde reportaram falta de material básico, como pensos e vacinas, no último ano, e quase 40% sentem falta de profissionais.









