O impasse político entre o Presidente Donald Trump e os Democratas sobre o financiamento de um muro na fronteira com o México continua sem solução à vista, afetando diretamente cerca de 1,4 milhões de funcionários federais que estão sem receber salário.
A crise tem repercussões para além das fronteiras norte-americanas, com um impacto direto em Portugal.
Os 363 trabalhadores portugueses da Base das Lajes, nos Açores, não receberam o vencimento da última quinzena de outubro, e o anterior foi pago com um corte de quatro dias. Em resposta, o Governo Regional dos Açores autorizou um adiantamento de 1,2 milhões de euros, através da Segurança Social, para regularizar os salários em atraso, sem prejuízo de posterior restituição por parte do Governo da República.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou que o governo português tentou mitigar o impacto da situação "desde o primeiro dia", mas que "não foi possível conter" os efeitos, dado que a resolução depende do Congresso norte-americano.
Nos EUA, a paralisação está a causar perturbações significativas, incluindo a ameaça de um corte de 10% nos voos nos 40 maiores aeroportos, devido à falta de pagamento a controladores de tráfego aéreo e pessoal de segurança.













