O encerramento foi marcado por um último debate aceso, trocas de acusações e promessas que visam captar o voto dos sócios na segunda volta eleitoral. O debate final entre os dois candidatos foi descrito por analistas como uma "peixeirada", refletindo a animosidade que pautou os últimos dias de campanha.

João Noronha Lopes adotou uma postura agressiva, criticando a atual direção e prometendo uma mudança estrutural e financeira.

Frases como "Estou farto disto, estou farto de perder" e "Estou farto de um Benfica fofinho com os adversários" marcaram as suas intervenções, apelando ao descontentamento dos sócios. Por sua vez, Rui Costa, o atual presidente, procurou desvalorizar as sondagens e focou-se na mobilização dos sócios, com o objetivo de bater o recorde de votantes.

No encerramento da sua campanha, no Barreiro, contou com o apoio da viúva e da filha de Eusébio, um gesto simbólico para reforçar a sua ligação à história do clube. Apesar da tensão, Rui Costa pediu desculpa pelo tom do debate, admitindo que "não fomos um bom exemplo do que queremos para o Benfica".

As sondagens, como a realizada pela Pitagórica, apontam para uma vitória confortável de Rui Costa, com uma projeção nunca abaixo dos 60% dos votos.

Analistas como Vítor Pinto corroboram esta previsão, embora reconheçam a existência de um "foco de resistência" à atual direção. Um dos pontos curiosos da eleição foi a tentativa de bater o recorde do Guinness de maior número de votantes, que na primeira volta ultrapassou os 86 mil sócios.

No entanto, o recorde não foi validado porque não foi eleito um presidente, uma condição essencial para a sua homologação.

A expectativa para a segunda volta mantém-se elevada, com o clube a prometer um tempo de espera máximo de 30 minutos para votar.