A administração Trump tomou decisões importantes que refletem as suas prioridades e alianças estratégicas.

Num encontro marcado por elogios mútuos, Donald Trump e Viktor Orbán solidificaram a sua aliança.

O resultado mais concreto da visita foi a concessão de uma isenção "geral" e "por tempo indeterminado" à Hungria, permitindo que o país continue a comprar petróleo russo apesar das sanções impostas pelos EUA.

Trump justificou a decisão, afirmando que a Hungria, por "não ter mar", enfrenta dificuldades em diversificar os seus fornecedores de energia.

Orbán, por sua vez, defendeu a Hungria como o "único país pró-paz" na Ucrânia, além dos Estados Unidos, e a sua dependência do petróleo russo aumentou de 61% para 86% desde 2022. Comentadores analisam esta visita como um "balão de oxigénio" para Orbán, que se encontra cada vez mais isolado na Europa.

Internamente, a paralisação do governo federal ("shutdown"), já a maior da história do país, continua sem solução à vista.

Os senadores republicanos rejeitaram uma proposta dos democratas para acabar com a paralisação, que envolvia a manutenção por um ano dos subsídios da Lei de Acesso à Saúde (Obamacare). A falta de acordo tem consequências diretas na vida dos cidadãos e na economia, com a redução do tráfego aéreo a ser uma das mais visíveis. A falta de controladores aéreos, que trabalham sem receber, levou ao cancelamento de milhares de voos, afetando os principais aeroportos do país.

A administração Trump tem também justificado bombardeamentos nas Caraíbas como parte do combate ao narcotráfico, operações que já resultaram em 69 mortos, incluindo pescadores e outros civis não envolvidos.