Simultaneamente, o prazo para a entrega de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) terminou, com os partidos a apresentarem mais de duas mil sugestões.

Luís Montenegro manifestou-se "tranquilo" em relação à averiguação preventiva, afirmando esperar que o processo termine "o mais rápido possível".

A sua expectativa foi reforçada pelas declarações da Procuradora-Geral da República, Amadeu Guerra, que sugeriu que um despacho sobre o caso poderia ser um "bom presente de Natal", mostrando-se confiante na conclusão da análise antes do final do ano.

O primeiro-ministro afirmou ter prestado "todos os esclarecimentos que foram solicitados" e aguarda serenamente a decisão da justiça.

O caso envolve a construção da sua moradia em Espinho, cujo custo total foi agora revelado pelo próprio em 637 mil euros, um valor significativamente superior ao que constava em faturas anteriormente divulgadas.

Paralelamente, a discussão orçamental entrou numa nova fase com o encerramento do prazo para a entrega de propostas de alteração ao OE2026. Os partidos apresentaram mais de 2.000 propostas, com o Chega a liderar em número (612), seguido pelo PCP (531).

Estas propostas abrangem diversas áreas, desde pensões e portagens a medidas fiscais, e serão agora debatidas na especialidade no Parlamento.

O ministro das Finanças, Miranda Sarmento, já alertou para a reduzida margem orçamental, estimada em cerca de 260 milhões de euros, e avisou que caberá ao Parlamento decidir se o país terá um excedente ou um défice em 2026, dependendo das propostas aprovadas.