Num artigo de opinião, Cavaco Silva não só elogiou o candidato apoiado pelo PSD, como também teceu duras críticas a Henrique Gouveia e Melo, gerando reações imediatas dos vários quadrantes políticos.

Cavaco Silva justificou o seu apoio a Marques Mendes com base na sua "experiência política", "bom senso" e conhecimento das instituições, considerando-o o mais preparado para o cargo.

Em contrapartida, afirmou que o almirante Gouveia e Melo "não possui as competências e as qualificações para exercer as funções de Presidente da República", alertando para um "risco de instabilidade" caso seja eleito. A reação de Gouveia e Melo foi irónica, agradecendo o que considerou um "grande elogio" por ser visto como um perigo para o "protegido" de Cavaco. O seu mandatário, Rui Rio, também respondeu, argumentando que "a experiência política vale o que vale" e lembrando que Cavaco Silva, apesar da sua vasta experiência, "assistiu a um governo do engenheiro Sócrates atirar com o país para a bancarrota".

Os outros candidatos presidenciais também se pronunciaram sobre a crise na Saúde.

António José Seguro mostrou-se "admiradíssimo" por Marcelo Rebelo de Sousa propor agora um pacto para a saúde, após quase dez anos de mandato. André Ventura, por sua vez, lamentou que a sua proposta para um debate focado exclusivamente na saúde tenha sido recusada pela maioria dos candidatos, à exceção de Gouveia e Melo. Ricardo Sousa anunciou a sua candidatura como um "grito de alerta" pela regionalização e pelos mais frágeis, juntando-se a um leque de candidatos que já inclui nomes como António Filipe (PCP) e Catarina Martins (BE).