Watson foi fundamental na descoberta da estrutura em dupla hélice do ADN, um marco que revolucionou a biologia e a medicina. Em 1953, com apenas 25 anos, James Watson, em colaboração com o físico britânico Francis Crick, desvendou a estrutura do ácido desoxirribonucleico (ADN), a molécula que contém as instruções genéticas para o desenvolvimento e funcionamento de todos os organismos vivos. Esta descoberta, baseada em trabalhos anteriores de cientistas como Rosalind Franklin e Maurice Wilkins, valeu a Watson, Crick e Wilkins o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina em 1962. A elucidação da dupla hélice abriu caminho para avanços extraordinários em áreas como a genética, a biotecnologia e a medicina forense.

A carreira de Watson foi, no entanto, manchada por controvérsias.

Nos últimos anos da sua vida, foi alvo de fortes críticas e perdeu títulos honoríficos devido a declarações consideradas racistas e sexistas.

Em particular, as suas afirmações que atribuíam diferenças raciais em testes de QI a fatores genéticos levaram a que fosse amplamente condenado pela comunidade científica e afastado de várias instituições.

Em Portugal, Watson teve uma ligação à Fundação Champalimaud, onde foi o primeiro presidente do seu Conselho Científico.

Apesar das polémicas, o seu legado científico permanece como uma das contribuições mais importantes para a compreensão da vida.