A ação simbólica, que ocorreu nos primeiros jogos da 11.ª jornada da I e II Ligas, consistiu na entrada dos árbitros em campo antes das equipas, permanecendo sozinhos no centro do relvado por instantes.

Este protesto, confirmado por fontes do setor e noticiado por vários órgãos de comunicação, visa reivindicar um agravamento das sanções disciplinares para os agentes desportivos implicados em ataques e críticas à arbitragem.

A classe sente que existe um "sentimento de impunidade" que perpetua um ambiente hostil e prejudicial ao futebol. A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) manifestou a sua "apreensão" com a situação, uma preocupação partilhada por Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Numa reunião de urgência com a APAF, Proença apelou à "tranquilidade no futebol" e mostrou-se disponível para ratificar as alterações regulamentares necessárias para proteger os árbitros.

O Conselho de Arbitragem da FPF também se pronunciou sobre lances polémicos recentes, como os do jogo V. Guimarães-Benfica, considerando que o árbitro João Pinheiro esteve bem nas suas decisões, nomeadamente na amostragem de um cartão amarelo a Sudakov e na expulsão de Fabio Blanco. A ação de protesto pretende ser um alerta para todos os intervenientes do futebol português, desde dirigentes a adeptos, sobre a necessidade de se promover um clima de respeito e serenidade nas competições.