Embora a juíza tenha considerado a atitude de Sócrates uma potencial "manobra dilatória", optou por suspender as sessões para não pôr em causa o direito de defesa do arguido. No despacho, a magistrada alertou para o "risco de prescrição de crimes a breve trecho", especificando que os crimes de corrupção ativa e passiva ligados a Vale do Lobo poderão prescrever já no primeiro semestre de 2026. A situação agrava a morosidade de um processo que se arrasta há quase 11 anos, durante os quais a defesa de Sócrates apresentou mais de 50 recursos, que atrasaram o início do julgamento. A nova paragem é vista por comentadores como mais um contratempo num dos casos judiciais mais mediáticos da história recente de Portugal, alimentando o debate sobre a eficácia do sistema de justiça.