Em simultâneo, a situação militar agrava-se com as forças russas a ameaçarem a conquista do bastião estratégico de Pokrovsk.
O Presidente Volodymyr Zelensky reagiu prontamente, prometendo "limpar" e "reestruturar" a Energoatom, expressando "total apoio às investigações" e sublinhando que deve reinar no setor energético a "máxima integridade".
A investigação do Gabinete Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU) revelou um esquema em que altos funcionários, incluindo um antigo sócio de Zelensky, usavam a empresa para extorquir verbas de contratos públicos.
Comentadores como Diana Soller e Tiago André Lopes expressaram preocupação com o impacto do caso na imagem do presidente, que tem enfrentado a Rússia "de uma forma bastante heroica".
A "luta interelites" em Kiev, segundo os analistas, poderá minar a reputação de Zelensky e ser explorada pela propaganda russa.
No campo de batalha, a situação é igualmente preocupante.
O major-general Rafael Martins descreve a tática russa como um "estrangulamento" das forças ucranianas em Pokrovsk, uma cidade que poderá estar a semanas de cair.
A perda deste bastião estratégico seria um golpe desmoralizador para a Ucrânia, numa altura em que a pressão internacional e a fadiga da guerra se intensificam.
A Rússia parece estar a capitalizar não só as fragilidades militares, mas também as crises internas do governo de Kiev para ganhar vantagem negocial.














