Um dos pontos mais críticos é a quebra de 20% nas cirurgias oncológicas no terceiro trimestre de 2025, um decréscimo que coincide com o fim de um programa de incentivos aos médicos. A situação é agravada por incidentes que revelam a fragilidade do sistema, como o caso de uma grávida que deu à luz num veículo TVDE a caminho do Hospital São Francisco Xavier, depois de ter recebido alta da mesma unidade.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou não sentir que tenha "falhado", mas prometeu reunir-se com a recém-criada associação de médicos tarefeiros, cuja utilização se tornou "permanente" e é motivo de preocupação para a Ordem dos Médicos. A perceção pública da crise é corroborada por um inquérito que revela que mais de metade dos portugueses não sabe a que serviço de saúde recorrer em caso de necessidade, e que um terço da população possui dupla cobertura de saúde, um número três vezes superior à média europeia.