Vasco Lourenço critica comissão "de fachada" para o 25 de Novembro

O capitão de Abril Vasco Lourenço criticou duramente a comissão criada pelo Governo para as comemorações dos 50 anos do 25 de Novembro, classificando-a como uma "palhaçada" e uma comissão de "fachada", e anunciou que não participará nas homenagens oficiais. Durante o lançamento do seu livro "O 25 de Novembro - Memórias de um Capitão de Abril", Vasco Lourenço afirmou que o Governo "deve envergonhar-se" por criar uma comissão que, na sua opinião, não é "apartidária e independente". O militar de Abril lamentou particularmente ver o seu "amigo" Alípio Tomé Pinto à frente do organismo. Lourenço fez questão de sublinhar a sua perspetiva sobre os eventos históricos, afirmando que, apesar das divisões que se seguiram à Revolução dos Cravos, a "barreira do 25 de Abril" é, para si, "muito superior à barreira do 25 de Novembro". A polémica em torno das comemorações também motivou uma intervenção do candidato presidencial António José Seguro, que, presente no mesmo evento, criticou aqueles que aproveitam o 25 de Novembro "para ser contra o 25 de Abril", defendendo que o 25 de Abril de 1974 é o "ato fundacional" da democracia portuguesa.

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Em resumo

As comemorações do 50.º aniversário do 25 de Novembro estão a gerar controvérsia e a reavivar debates históricos, com figuras proeminentes como Vasco Lourenço a demarcarem-se das iniciativas governamentais, refletindo as diferentes interpretações e sensibilidades sobre este período crucial da transição para a democracia em Portugal.

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